Para compreendermos e conhecermos melhor sobre noss@s voluntári@s e as habilidades trabalhadas com as crianças, conversamos com nossa voluntária Raquel Meireles, que faz parte da equipe de pedagogia do Crea+ e participa há um pouco mais de 1 ano do projeto.

Raquel nos conta que encontrou a ONG por meio de pesquisa na internet e logo se interessou devido ao seu interesse e atração por trabalhar com educação, afirmando que mudanças nessa área são as que possuem maior potencial de transformação social. “Isso ocorre porque a educação permeia todas as áreas da nossa sociedade, desde não jogar lixo no chão à pesquisa de novos tratamentos de doenças.” Além disso, o Crea+ foi a oportunidade que ela teve de atuar em sala de aula. “No ano que entrei, havia iniciado a graduação em Filosofia e queria saber se gostava ou não de estar em sala de aula, na função de professora. Fiz um projeto sobre sustentabilidade e reciclagem e adorei os alunos e estar em sala de aula.”

Além disso, nossa voluntária lembra que em uma Formação Continuada, no final do  segundo semestre de 2018, chamaram ex-voluntários que, depois do Crea+, decidiram mudar de áreas profissionais, atuando hoje em dia como professores da educação básica. Nesse momento, ela diz que foi quando percebeu e teve coragem de decidir mudar de área profissional, uma vez que tem uma outra graduação. Ela diz “Pra você ver a importância do Crea+ na vida dos voluntários, que veem na ONG a oportunidade de atuar como educação e se transformam no processo”.

Depois de seu primeiro semestre, embora tenha sido convidada a ser orientadora de projetos, não queria sair da sala de aula e continuou como professora. Foi outro semestre que a voluntária guarda com muito carinho porque teve a oportunidade de conhecer outros alunos da escola e passei a adorar também esse grupo de alunos.

Atualmente, Raquel ocupa o cargo de Gestão de Pedagogia, em que ela optou por se candidatar pois tinha planos de fazer algumas mudanças “e avaliando o semestre, acho que consegui colocar quase todas em prática, embora nem todas tenham tido os resultados que eu gostaria”. Raquel nos conta que “No começo confesso que tive alguns desafios que não esperava ter, como fazer com que os alunos entrassem em sala de aula para participar do projeto, e isso me desanimou bastante. Com o passar do semestre passei a gostar mais das atribuições de Gestora de Pedagogia, embora às vezes sinta falta de estar em contato mais próximo com @s alun@s”.

 Perguntada sobre o semestre na Odon Cavalcanti (escola em que atua), Raquel enxerga pontos positivos. Houve algumas mudanças de voluntários e alun@s, uma vez que, neste semestre, algumas alunas que nunca tinham frequentado o Crea+ passaram a frequentar, o que deixa a voluntária bastante animada. “Principalmente no início do semestre buscamos incrementar as oficinas (jogos, caligrafia e fotografia) do horário das 08 às 10 e esse foi um ponto alto do semestre, na minha visão. Isso porque pude notar tanto um maior engajamento dos voluntários como o estreitamento de vínculos entre eles (as) e @s alun@s.”

Além disso, acha importante destacar que toda semana nós, voluntári@s, deixamos novos recados para @s alun@s lerem durante a semana, “e assim penso que é uma forma de sermos presentes não somente no sábado, mas também, de certa forma, durante a semana.”

Neste semestre também tivemos, pela primeira vez um dia em que todos @s voluntári@s passaram uma manhã na Odon, ou seja, @s voluntári@s que atuam na EMEF Brasil-Japão puderam conhecer a rotina de uma manhã de sábado na EE Odon Cavalcanti. “Foi uma experiência maravilhosa, como pude perceber quando voluntárias da BJ disseram que viveram “momentos de fofura” com @s alun@s na OC. Isso faz com que os voluntários tenham uma visão do projeto como um todo.”

Por último, quando perguntada sobre as habilidades trabalhadas com as crianças, Raquel nos diz que as habilidades estão sendo trabalhadas tanto nos temas das aulas quanto nas dinâmicas propostas. “Por exemplo, empatia foi trabalhada com aulas com os temas de bullying e protagonismo feminino. Autoconhecimento foi trabalhado com aulas que fizeram os alunos perceberem a falarem sobre seus pontos fortes e fracos. Conhecimento intercultural foi trabalhado com aulas nas quais tiveram que identificar comidas ou leis de outros países. Linguagens foi trabalhada no projeto que inicialmente pretendia fazer um jornal, mas que depois decidiram fazer relatos filmados de temas de interesse dos alunos. Já o pensamento crítico acaba perpassando todas essas atividades descritas aqui”.